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16 Músicas Engraçadas

16 Músicas Engraçadas | Seleção de Sambas

 

Músicas Engraçadas | Seleção de Sambas

Se você quer aprender a fazer músicas engraçadas, você primeiro precisa ouvir muita música desse tipo, e o Samba é um ótimo estilo para começar.

Neste artigo você vai encontrar vários sambas com letras engraçadas.

O Samba é um gênero musical muito maleável. Podemos encontrar sambas que falam de diversos temas como amor, protesto, boemia, festa, filosofia, assuntos do cotidiano, e por aí vai. E temas cômicos são muito frequentes nesse gênero.

Alguns artistas compuseram ou interpretaram muitos sambas famosos e engraçados, como é o caso de Noel Rosa, Adoniram Barbosa, Bezerra da Silva e Zeca Pagodinho.

 

Músicas Engraçadas

Neste artigo selecionei vários sambas com letras engraçadas. Aqui você vai encontrar sambas famosos, sambas desconhecidos, sambas antigos e sambas novos, tem para todos os gostos. As temáticas são muito variadas e o “politicamente correto” passa longe de algumas dessas músicas.

O Samba reflete muito bem a personalidade dos brasileiros, e como somos um povo que faz piada de tudo (até de nós mesmos), não poderia faltar sambas com letras engraçadas e divertidas.

Se você conhece outros sambas com letra engraçada que não estão nesta lista, escreva nos comentários que eu atualizarei o artigo.

Vamos começar então a minha seleção especial de músicas engraçadas – só sambas!

Conversa de Botequim | Noel Rosa

Este samba conta (de forma brilhante) a história de um cliente super folgado que está conversando com o garçom de um botequim. Nenhuma outra composição poderia abrir melhor uma lista de músicas engraçadas.

Letra Completa:

 

Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa

Uma boa média que não seja requentada

Um pão bem quente com manteiga à beça

Um guardanapo e um copo d’água bem gelada

Feche a porta da direita com muito cuidado

Que eu não estou disposto a ficar exposto ao Sol

Vá perguntar ao seu freguês do lado

Qual foi o resultado do futebol

 

Se você ficar limpando a mesa

Não me levanto e nem pago a despesa

Vá pedir ao seu patrão uma caneta, um tinteiro

E um envelope e um cartão

Não se esqueça de me dar palito

E um cigarro pra espantar mosquito

Vá dizer ao charuteiro que me empreste

Umas revistas um cinzeiro e um isqueiro

 

Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa

Uma boa média que não seja requentada

Um pão bem quente com manteiga à beça

Um guardanapo e um copo d’água bem gelada

Feche a porta da direita com muito cuidado

Que eu não estou disposto a ficar exposto ao Sol

Vá perguntar ao seu freguês do lado

Qual foi o resultado do futebol

 

Telefone ao menos uma vez para 34-4333

E ordene ao seu Osório

Que me mande um guarda-chuva

Aqui pro nosso escritório

Seu garçom me empresta algum dinheiro

Que eu deixei o meu com o bicheiro

Vá dizer ao seu gerente

Que pendure esta despesa no cabide ali em frente

 

Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa

Uma boa média que não seja requentada

Um pão bem quente com manteiga à beça

Um guardanapo e um copo d’água bem gelada

Feche a porta da direita com muito cuidado

Que eu não estou disposto a ficar exposto ao Sol

Vá perguntar ao seu freguês do lado

Qual foi o resultado do futebol

 

Gago Apaixonado | Noel Rosa

Mais um samba genial do Noel Rosa. Aqui ele está contando a história de um gago que está apaixonado por uma mulher que o maltrata. Ele utiliza a repetição das sílabas (característica de pessoas gagas) como parte integrante da letra e com isso cria uma complexidade rítmica muito interessante para a letra.

Letra Completa:

 

Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago

Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago

Não po-posso com a cru-crueldade da saudade

Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago

 

Tem tem pe-pena deste mo-moribundo

Que que já virou va-va-va-va-ga-gabundo

Só só só só por ter so-so-sofri-frido

Tu tu tu tu tu tu tu tu

Tu tens um co-coração fi-fi-fingido

 

Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago

Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago

Não po-posso com a cru-crueldade da saudade

Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago

 

Teu teu co-coração me entregaste

De-de-pois-pois de mim tu to-toma-maste

Tu-tua falsi-si-sidade é pro-profunda

Tu tu tu tu tu tu tu tu

Tu vais fi-fi-ficar corcunda!

 

Idioma Esquisito | Nelson Sargento

Esse samba é fantástico! O compositor teve uma sacada genial criando palavras esquisitas que na verdade não existem.

Letra Completa:

 

Fui fazer o meu samba

Na mesa de um botequim

Depois de umas e outras

O samba ficou assim

 

Fui fazer o meu samba

Na mesa de um botequim

Depois de umas e outras

O samba ficou assim

 

Estrambonático, Palipopético

Cibalenítico, Estapafúrdico

Protopológico, Antropofágico

Presolopépipo, Atroverático

 

Batunitétrico, Pratofinandolo

Calotolético, Caranbolâmbolu

Posolométrico, Pratofilônica

Protopolágico, Canecalônica

 

É isso aí, é isso aí

Ninguém entendeu nada

Eu também não entendi

(Eu então vou repetir)

Piston de Gafieira | Billy Blanco

Este samba conta a história de uma briga muito engraçada que acontece numa gafieira e como os músicos da banda lidam com a situação para que a confusão não chame a atenção da polícia.

Letra Completa:

 

Na gafieira segue o baile, calmamente,

Com muita gente dando voltas no salão;

Tudo vai bem, mas eis porém que, de repente,

Um pé subiu e alguém de cara foi ao chão.

 

Não é que o Doca, um crioulo comportado,

Ficou tarado quando viu a Dagmar,

Tôda soltinha dentro de um vestido-saco,

Tendo ao lado um cara fraco,

E foi tirá-la p’ra dançar.

 

O môço era faixa preta, simplesmente,

E fez o Doca rebolar sem bambolê;

A porta fecha e, enquanto dura o vai-não-vai,

Quem está fora não entra, quem está dentro não sái.

 

Mas a orquestra sempre toma providência,

Tocando alto p’ra polícia não manjar;

E, nessa altura, como parte da rotina,

O piston tira a surdina e põe as coisas no lugar.

 

A Semente | Bezerra da Silva

Esse samba conta a história de um vizinho que foi preso porque estava com umas plantas muito suspeitas no seu quintal. Uma das músicas mais engraçadas que conheço.

Letra Completa:

 

Meu vizinho jogou

Uma semente no seu quintal

De repente brotou

Um tremendo matagal (Meu vizinho jogou)

 

Quando alguém lhe perguntava

Que mato é esse que eu nunca vi?

Ele só respondia

Não sei, não conheço isso nasceu aí

Ele só respondia

Não sei, não conheço isso nasceu aí

 

Mas foi pintando sujeira

O patamo estava sempre na jogada

Porque o cheiro era bom

E ali sempre estava uma rapaziada

Os homens desconfiaram

Ao ver todo dia uma aglomeração

E deram o bote perfeito

E levaram todos eles para averiguação e daí

 

Na hora do sapeca-ia-ia o safado gritou

Não precisa me bater, que eu dou de bandeja tudo pro senhor

Olha aí eu conheço aquele mato, chefia

E também sei quem plantou

 

Quando os federais grampearam

E levaram o vizinho inocente

Na delegacia ele disse:

“Doutor não sou agricultor, desconheço a semente”.

Mal de Percussion | Duo Moviola (Douglas Germano e Kiko Dinucci)

Esse samba fala da “mania” que os músicos têm de ficar batucando sem parar, seja onde for. A letra tem várias sacadas incríveis, como é o caso do próprio título que faz uma brincadeira com o nome do Mal de Parkinson.

Letra Completa:

 

Vê se para esse batuque

Não dá, eu já tentei!

 

Teleco-teco

Tum-ca-ca

Tum-tum-ca-ca

Tum-tum-pa-pa-pa

 

A mão tem vontade própria

Bate que bate com a direita

Bate que bate com a canhota

Bate que bate com a direita

Bate que bate com a canhota

 

E quando pinta o breque

É um repique no vazio pra voltar

A mão se acaba ra-cu-tum pa-ra-cum-ta

Altera o tempo, que ela adora se mostrar

Tanta vergonha que essa mão me fez passar

 

E no elevador é um terror e coisa e tal

Descobre som entre o espelho e a parede lateral

O pé se empolga e vai fazendo a marcação

É, ela não para não, não para não!

 

Eu já fui atrás de um doutor que é muito bom

Ele me disse: Isso é mal de percussión

Me receitou Lexotan, floral de Bach

Pra ela se acalmar, se acalmar

 

Na falta de objeto ela me espanca

Bate na coxa, na bochecha e na garganta

Na minha cara sempre aquele vermelhão

Ela não para não, não para não!

 

Eu já comprei lá na Dicico a machadinha

Pra mim alívio, para ela o fim da linha

Só falta alguém que se habilite, por favor!

A machadinha na mão dela é um horror, horror, horror!

Coluna Social | Pedro Miranda

Nesse samba genial, o compositor trata adjetivos e qualidades (hipocrisia, cinismo, respeito) como personagens de uma história: a festa de casamento do Cinismo e da Dona Hipocrisia.

Letra Completa:

 

O Cinismo casou com Dona Hipocrisia

Teve uma grande festança no apartamento da Demagogia

 

Lá na cozinha estava o Cinismo, comendo escondido

Foram perguntar pra ele

Cadê o salgadinho que tinha sumido?

Ele disse: Não lembro, não sei, não conheço, não vi nada não

E foi todo sorridente dançar com Madame Dissimulação

 

O Cinismo casou com Dona Hipocrisia

Teve uma grande festança no apartamento da Demagogia

 

A Hipocrisia, que sempre dizia que era uma santa

Tomou sete caipirinhas, caiu na cozinha e quase não levanta

Foi embora mais cedo, morrendo de medo da Reputação

E saiu de braços dados com a Incoerência e a Contradição

 

O Cinismo casou

 

A dona Inveja, amiga da Raiva e mulher do Despeito

Ofendeu dona Elegância, esposa pacata do nobre Respeito

Foi aí que a Prudência chamou o casal Consciência e Bom senso

Que saíram porta fora porque o ambiente já estava bem tenso

 

O Cinismo casou com Dona Hipocrisia

Teve uma grande festança no apartamento da Demagogia

Meio Tom | Pedro Miranda

Esse samba é um exemplo de música que combina perfeitamente o que está sendo dito na letra com o que está acontecendo na parte musical. Nesse caso ele está falando das pessoas que desafinam, e quando ele fala a palavra “meio-tom” a melodia sobe exatamente meio tom. Outras músicas que brincam com a correspondência entre letra e música são: “Samba de uma nota só” e “Desafinado”.

Letra Completa:

 

E quando eu canto

Ninguém gosta do meu som

Eu não consigo, eu desafino

Quando eu vejo é meio-tom

 

Fico acanhado porque eu sei qual é a nota

E meu único problema é minha corda vocal

Já fui ao médico pra curar o meu mal

Mas ele disse:

– Nesse caso, não tem jeito, isso é normal.

 

Por isso eu vou procurar uma escola

Porque eu não durmo antes do fim da história

Sei que se o povo não desafinasse

O cantor vivia de chapéu de esmola

 

É meio-tom

É meio-tom

É meio-tom

Só meio-tom

Os originais do samba – A dona do primeiro andar

O fator engraçado da letra desse samba é o trocadilho que existe no refrão: a frase “pela dona do primeiro andar” se transforma em “peladona do primeiro andar”.

Letra Completa:

 

Estou apaixonado, apaixonado estou

Estou apaixonado, apaixonado estou

 

Pela dona do primeiro andar

Pela dona do primeiro andar

Pela dona…

 

Seu sorriso de criança

Era o que eu mais queria

Implorei o seu amor

Ao menos por um dia

Agora estou sofrendo

Apaixonado estou

 

Pela dona do primeiro andar

Pela dona do primeiro andar

Pela dona…

 

Toda manhã desce comigo no elevador

Insiste sempre em olhar pro chão

Mal ela sabe que o seu copor sedutor

Já machucou todo o meu coração

 

Pela dona do primeiro andar

Pela dona…

Samba do Arnesto | Adoniram Barbosa

Adoniram é conhecido pelo senso de humor de alguns de seus sambas. Ele compôs diversas músicas engraçadas. Um recurso muito utilizado por ele são os erros propositais de português. No caso desta música, o próprio nome do personagem (que deveria ser Ernesto) é dito de forma errada.

Letra Completa:

 

O Arnesto nos convidou

Prum’ samba, ele mora no Brás

Nós fumos, não encontremos ninguém

Nós vortermos com uma baita de uma reiva

Da outra vez, nós não vai mais

Nós não semos tatu

O Arnesto nos convidou

Prum’ samba, ele mora no Brás

Nós fumos, não encontremos ninguém

Nós vortermos com uma baita duma reiva

Da outra vez, nós num vai mais

No outro dia encontremo com o Arnesto

Que pediu desculpas, mas nós não aceitemos

Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa

Mas você devia ter ponhado um recado na porta

O Arnesto nos convidou

Prum’ samba, ele mora no Brás

Nós fumos, não encontremos ninguém

Nós vortermos com uma baita duma reiva

Da outra vez, nós num vai mais

No outro dia encontremo com o Arnesto

Que pediu desculpas, mas nós não aceitemos

Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa

Mas você devia ter ponhado um recado na porta

Um recado ansim’, ói

Ói, turma, num deu pra esperar

Ah, duvido que isso num faz mar, num tem importância

Assinado em cruz, porque não sei escrever

Arnesto

Tiro ao Álvaro | Adoniram Barbosa

Mais uma vez Adoniram se utiliza de erros de português propositais para criar uma letra de música engraçada. Além de vários erros durante a música, o próprio título é uma brincadeira com “Tiro ao Alvo”.

Letra Completa:

 

De tanto leva frechada do teu olhar

Meu peito até parece sabe o que?

Taubua de tiro ao Álvaro

Não tem mais onde furar (não tem mais)

 

Teu olhar mata mais do que bala de carabina

Que veneno estriquinina

Que pexeira de baiano

Teu olhar mata mais que atropelamento de automóver

Mata mais que bala de revórver

Praça Clóvis | Paulo Vanzolini

Esse samba conta a história de um assalto. Mas surpreendentemente ao invés de a vítima achar ruim, na verdade achou bom.

Letra Completa:

 

Na praça Clóvis

Minha carteira foi batida

Tinha vinte e cinco cruzeiros

E o teu retrato

Vinte e cinco eu, francamente, achei barato

Pra me livrarem do meu atraso de vida

 

Eu já devia ter rasgado e não podia

Esse retrato cujo olhar

Me maltratava e perseguia

Um dia veio o lanceiro

Naquele aperto da praça

Vinte e cinco francamente foi de graça

Vacilão | Zeca Pagodinho

Nesse samba, Zeca Pagodinho conta a história super engraçada de um cara que chegou em casa bêbado e fez várias presepadas. Acabou perdendo a esposa por ser um “vacilão”.

Letra Completa:

 

Aquilo que era mulher

Pra não te acordar cedo

Saía da cama na ponta do pé

Só te chamava tarde, sabia teu gosto

Na bandeja, café

Chocolate, biscoito, salada de frutas

 

Suco de mamão

No almoço era filé mignon

Com arroz à la grega, batata corada

Um vinho do bom

E no jantar era a mesma fartura do almoço

E ainda tinha opção

É, mas deu mole, ela dispensou você

 

Chegou em casa outra vez doidão

Brigou com a preta sem razão

Quis comer arroz-doce com quiabo

Botou sal na batida de limão

 

Deu lavagem ao macaco

Banana pro porco, osso pro gato

Sardinha ao cachorro, cachaça pro pato

Entrou no chuveiro de terno e sapato

Não queria papo

 

Foi lá no porão, pegou “tresoitão”

Deu tiro na mão do próprio irmão

Que quis te segurar

Eu consegui te desarmar

 

Foi pra rua de novo

Entrou no velório pulando a janela

Xingou o defunto apagou a vela

Cantou a Viúva, mulher de favela,

Deu um beijo nela

 

O bicho pegou, a polícia chegou,

Um couro levou e em cana entrou…

E ela não te quer mais… Bem feito!

Batuque na Cozinha | Martinho da Vila

Nesse samba, Martinho da Vila fala de várias situações divertidas. Com certeza não poderia faltar numa lista de músicas engraçadas.

Letra Completa:

 

Batuque na cozinha

Sinhá não quer

Por causa do batuque

Eu queimei meu pé

 

Não moro em casa de cômodo

Não é por ter medo não

Na cozinha muita gente

sempre dá em alteração

 

Batuque na cozinha

Sinhá não quer

Por causa do batuque

Eu queimei meu pé

 

Então não bula na cumbuca

Não me espante o rato

Se o branco tem ciúme

Que dirá o mulato

Eu fui na cozinha

Pra ver uma cebola

E o branco com ciúme

De uma tal crioula

Deixei a cebola, peguei na batata

E o branco com ciúme de uma tal mulata

Peguei o balaio pra medir a farinha

E o branco com ciúme de uma tal branquinha

Então não bula na cumbuca

Não me espante o rato

Se o branco tem ciúme

Que dirá o mulato

 

Mas o batuque na cozinha

Sinhá não quer

Por causa do batuque

Eu queimei meu pé

 

Eu fui na cozinha pra tomar o café

E o malandro tá de olho na minha mulher

Mas, comigo eu apelei pra desarmonia

E fomos direto pra delegacia

Seu comissário foi dizendo com altivez

É da casa de cômodos da tal Inês

Revistem os dois, botem no xadrez

Malandro comigo não tem vez

 

Mas o batuque na cozinha

Sinhá não quer

Por causa do batuque

Eu queimei meu pé

 

Mas seu comissário

Eu estou com razão

Eu não moro na casa de arrumação

Eu fui apanhar o meu violão

Que estava empenhado com Salomão

Eu pago a fiança com satisfação

Mas não me bota no xadrez

Com esse malandrão

Que faltou com respeito a um cidadão

Que é Paraíba do Norte, Maranhão

 

Batuque na cozinha

Sinhá não quer

Por causa desse batuque

Queimei meu pé

Sono de Rei | Gandhi Martinez

Nesse samba estou contando a história de uma pessoa que dormiu enquanto andava de ônibus.

Letra Completa:

 

Eu cochilei na ladeira

Quando o ônibus foi pra contramão

Passou direto o sinal

E quase bateu de frente num portão

 

Mas nem assim dei bobeira

Do meu sono não despertei

Quase no ponto final

Me virei na cadeira e dormi outra vez

 

O “motóra” gritou para mim

Mas eu não escutei

Cobrador chegou perto e tentou conversar

Mas eu não levantei

 

O busão teve que retornar

E eu continuei

Relaxei no meu banco

E tirei no balanço o meu sono de rei

Tenha Dó Criançada | Gandhi Martinez

E para finalizar esta lista de músicas engraçadas, apresento meu samba-choro que narra algumas situações vivenciadas por professores de música em sala de aula. O destaque fica para a parte B, onde o professor não aguenta mais a bagunça dos alunos.

O grande desafio para compor essa música foi encaixar a letra e a melodia. Neste link você encontra um artigo com dicas de COMO COMPOR UMA MELODIA.

Letra Completa:

 

(A)

Ô criançada eu vim aqui só para ensinar

Não vão acreditar no que eu trouxe pra nós

Tem um montão de sons pra’gente descobrir

É só olhar pra mim e escutar com muita atenção

Eu sei que de manhã não é fácil para ninguém

Porém a gente tem muito o que estudar

Vamos aproveitar a aula pra ouvir depois cantar

Todas as músicas que vêm do coração

 

(B)

Eu só não quero ouvir a gritaria

da última aula eu não aguento mais

Eu pedi para vocês ouvirem uma música

Só que ninguém tava me dando bola

Tenho que ser um pouco incisivo

Não vou aturar essa chateação

Eu vou chamar a diretora pra dizer quem são

aqueles que não têm um pingo de educação

 

(A2)

De casa vem o ensinamento de se respeitar

De saber se portar, ouvindo com atenção

O professor é um amigo, então não aja assim

Será melhor pra mim, te ensinar essa canção

Quero que escutem muito bem o que eu vou tocar

Eu quero apresentar as notas para vocês

Não se preocupem, pois é fácil de aprender

É só deixar sair o som que vem do nosso coração

 

(C)

Dó, ré, mi, faça os seus deveres direitinho

Pra aprender todas as músicas legais

Estude tudo o que o professor pediu para você

Não fique em frente a TV, mostre que você é capaz

Dificuldades todos têm pelo caminho

O importante é você não desistir

Dedicação em tudo aquilo que se faz com muita paz

Pra que a vida seja sempre muito mais

Estudar e se dedicar sempre!

Se você quiser se tornar um excelente compositor, e realmente saber como escrever boas letras ou compor melodias marcantes, você vai ter que se dedicar muito. Recomendo que você sempre procure por mais conhecimento e aplique na prática tudo o que aprender. Pesquise por materiais bem embasados e feito por pessoas comprometidas em disseminar conteúdos de qualidade.

Clique no link se você quiser um passo-a-passo de como compor uma música do início ao fim!

Boas composições!

Sobre o autor

Gandhi Martinez
Gandhi Martinez

Sou compositor, pianista, arranjador e educador musical há mais de 15 anos. Sou graduado em Música, Mestre em Interpretação e Criação Musical e Doutorando em Processos Criativos (Composição Musical). Já figurei na lista dos 21 melhores instrumentistas do Brasil com o meu primeiro CD. Já lancei diversos trabalhos com minhas composições autorais (3 CDs, 2 DVDs, 1 EP e alguns singles).

Minhas composições vão desde a canção popular brasileira até a música instrumental popular e peças eruditas. Atualmente, além do Doutorado, estou me dedicando a compor minhas próprias canções e a ensinar outras pessoas que estejam interessadas em compor música.

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